quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A era de Ouro da matemática grega

EUCLIDES DE ALEXANDRIA



A Era de Ouro da matemática grega.

Pesquisa realizada por Jeober Marinho, Maria de Lourdes e Jorge Ricardo 

O

 que se sabe sobre Euclides de Alexandria foi escrito, séculos mais tarde, por Proclo e Pappus de Alexandria. Proclo apresenta Euclides apenas brevemente no seu comentário sobre os Elementos, escrito no século V, onde escreve que Euclides foi o autor de Os Elementos. Na outra única referência fundamental sobre Euclides, Pappus mencionou brevemente no século IV que Apolônio "passou muito tempo com os alunos de Euclides em Alexandria, e foi assim que ele adquiriu um hábito de pensamento tão científico".

Há relatos de que teria sido discípulo de Platão, que estudou em Atenas e viveu na Síria durante a sua infância. Também há várias versões para a sua suposta data de nascimento e morte: (360 a.C. – 295 a.C.), (325 a.C. – 270 a.C.), (330 a.C. – 260 a.C.). Acredito que tenha vivido entre 330 a. C. a 270 a. C.. Não há relatos sobre sua filiação e nenhuma imagem ou descrição da sua fisionomia. A imagem apresentada acima é puro fruto da imaginação.

Devido a seu grande conhecimento no campo da geometria, foi convidado por Ptolomeu I (Ptolomeu Soter – 306 a. C. - 283 a. C., fundador da 1ª escola de Matemática em Alexandria) a lecionar em uma escola mais conhecida por "Museu". Nesta escola alcançou grande prestígio pela forma brilhante como ensinava Geometria e Álgebra, conseguindo atrair para as suas lições um grande número de discípulos. Diz-se que tinha grande capacidade e habilidade de exposição.

Há uma curiosidade: O matemático grego Euclides de Alexandria escreveu sobre números perfeitos no século 300 a.C.

Um número é perfeito se é igual a soma dos seus divisores próprios.

Por exemplo, 6 é um número perfeito porque 6 = 1 + 2 + 3.

Apesar do interesse dos gregos por números perfeitos, eles só encontraram quatro.

Um dos mais antigos fragmentos sobreviventes de Os Elementos de Euclides, encontrado entre os Papiros de Oxirrinco e datado de cerca de 100 d.C. O diagrama acompanha o Livro II, Proposição 5.

É atribuído a Euclides a organização e sistematização dos resultados matemáticos mais importantes e conhecidos no seu tempo (OS ELEMENTOS), realizada de forma tão perfeita, que a sua obra foi usada como texto de estudo durante cerca de 2000 anos, sem que se tenham feito correções, salvo pequenas modificações sem importância, o que lhe rendeu o nome de “Pai da Geometria”.


Embora se tenham perdido mais de metade dos seus livros, ainda restaram, para felicidade dos séculos vindouros, os treze famosos livros que constituem os Elementos (Stoicheia). Publicados por volta de 300 a. C., aí está contemplada a aritmética, a geometria e a álgebra.

Em relação a esta obra, os seis primeiros livros tratam de Geometria Plana. Os conhecimentos presentes nos quatro primeiros têm a sua provável origem no período jônico, especialmente a Escola Pitagórica. Assim, o primeiro livro trata de triângulos, retas paralelas e Teorema de Pitágoras. O Livro II de Álgebra Geométrica. O terceiro, Círculo e circunferência; e o quarto Polígonos regulares inscritos e circunscritos.

O Livro V tem como conteúdo as Proporções, origem atribuída a Eudoxo de Cnido. Em relação ao sexto livro, a origem dos conhecimentos do seu conteúdo é desconhecida e trata de figuras semelhantes.

Os livros VII, VIII e IX, tratam de Teoria dos Números, conhecimentos originários, provavelmente, da Escola Pitagórica.

O Livro X, trata de comensurabilidade e incomensurabilidade, subtração recíproca e teoria das proporções, conhecimentos atribuídos a Teeteto de Atenas.

Os últimos três livros falam de geometria tridimensional. No Livro XI, construções no espaço e paralelepípedos, conhecimentos do período jônico. O décimo segundo fala do “Método de Exaustão”, prismas, cones e esferas, conhecimentos atribuídos a Eudoxo de Cnido. Por fim, o Livro XIII tem como conteúdo os conhecimentos sobre poliedros regulares, da autoria de Teeteto de Atenas.

Muitos outros textos lhe são atribuídos, dos quais se conhecem alguns títulos:

  • Divisões de superfícies,
  • Data (continha aplicações da álgebra à geometria numa linguagem estritamente geométrica),
  • Pseudaria,
  • Tratado sobre Harmonia,
  • A Divisão (continha muito provavelmente 36 proposições relativas à divisão de configurações planas),
  • Os Dados (formavam um manual de tabelas, servindo como guia de resolução de problemas, com relação entre medidas lineares e angulares num círculo dado),
  • Óptica (seria um estudo da perspectiva e desenvolveria uma teoria contrária à de Aristóteles, segundo a qual é o olho que envia os raios que vão até ao objeto que vemos e não o inverso).
  • Os fenômenos (celestes) (pensa-se que Euclides discorreria sobre Geometria esférica para utilização dos astrônomos),
  • Porismos (um dos mais lamentáveis desaparecimentos, este livro poderia conter aproximações à Geometria Analítica).

É devido à grandiosidade do trabalho de Euclides que levaram alguns historiadores a pensaram que tal obra fosse fruto de um grupo de homens e não apenas de um só homem.

Com a queda do Império Romano, os seus livros forma recuperados. Os trabalhos matemáticos que chegaram até nós foram inicialmente traduzidos para árabe, depois para latim, e a partir destes dois idiomas para outras línguas europeias.

            Conhecer a biografia de um Matemático facilita o aprendizado do desenvolvimento da Matemática, adentra no contexto histórico cultural do pensamento filosófico e científico.

            A biografia nos leva a conhecer a história de vida de uma pessoa, suas realizações, sua contribuição para a humanidade, sejam elas positivas ou negativas.

            No caso em particular, a biografia de Euclides nos transmite a ideia de que ele foi uma pessoa culta, e que sua ambição era o conhecimento.

Nesta atividade fazemos uma viagem ao túnel do tempo: como era a sociedade daquela época, as dificuldades daqueles tempos, os avanços científicos (imagine quão magnífico não foi a criação da eletricidade e da invenção da lâmpada, os meios de transportes, as máquinas...). E assim discorre-se com mais firmeza quando se está em atividade docente e abordando algum conteúdo relacionado a um Matemático.

Eureka, eureka, eureka...

 Referências:

 Sites